A juíza americana Hannah Dungan, de carreira exemplar, foi algemada e presa injustamente pelo FBI enquanto presidia uma audiência em seu próprio tribunal. Um fato chocante, digno de regimes autoritários, e não da maior democracia ocidental.
Além disso, famílias inteiras têm sido sequestradas em suas próprias casas e levadas para prisões sem direito de defesa ou habeas corpus. Algo está profundamente errado nos Estados Unidos da América — país que, até pouco tempo atrás, era considerado o guardião da democracia no mundo. Hoje, caminha a passos largos rumo ao fascismo.
Donald Trump retorna à cena política e à presidência, impulsionado por um eleitorado formado por analfabetos políticos, racistas, bilionários, extremistas e pelo medo — inclusive entre os democratas, que demonstram uma inércia preocupante diante dos reais problemas da população americana. Soma-se a isso o temor crescente de que a China os ultrapasse em influência global.
É inegável que, segundo os números da economia, o planeta todo está sendo colocado em risco. A demência política e a ganância de um pequeno grupo, liderado por Trump, ecoam a imagem de Nero tocando harpa enquanto Roma queimava. Enquanto isso, a Palestina arde em fogo, diante do silêncio e da conivência de potências que se autoproclamam defensoras da paz.
O momento exige cautela e lucidez. O mundo, assustado, começa a pisar no freio da extrema direita, como já se vê no Canadá, na Alemanha e na França. Como diz o velho ditado: "político comete qualquer crime, menos suicídio."
Resta-nos aguardar o retorno do bom senso e a emergência de líderes equilibrados, democráticos e verdadeiramente comprometidos com a justiça.