A tragédia no INSS não para de chocar os brasileiros que mais precisam do retorno do Estado às suas contribuições — contribuições estas feitas por décadas, com o objetivo de garantir suas aposentadorias.
Causa estranheza uma falcatrua que começou em 2016, no governo Temer, passou ao largo de todo o mandato de Bolsonaro e só foi descoberta no atual governo. Até agora, mais de 6 bilhões foram desviados. O pior é não haver cadeia ou demissão para quem roubou, nem demissão sumária para quem estava à frente da pasta da Previdência.
Carlos Lupi, atual ministro da Previdência, deveria pedir para sair por vergonha, incompetência — ou algo pior. A quadrilha que foi colocada para roubar o idoso, a idosa, os acidentados ou os inválidos deve responder por essa infâmia.
Esperamos que Lula mande investigar profundamente, pois cabeças devem rolar. Quanto a Carlos Lupi, ele me lembra a máxima de Júlio César, imperador romano: “A mulher de César não deve apenas ser honesta — deve parecer honesta.”
Este é um dos problemas do torto sistema de governo vigente, a chamada “presidência de coalizão”, que faz do presidente refém do Legislativo e de suas perversões, as quais trazem consequências terríveis ao elo mais fraco da corrente. Esperamos que a sangria tenha sido cauterizada e que o barco siga em frente.