O Papa Francisco teve seu papado voltado às lutas pela relativa igualdade, pelo desenvolvimento econômico que prioriza a dignidade humana, pela justiça social, pelo respeito ao meio ambiente e pela tentativa de colocar a Igreja no século XX ou XXI. Imaginemos as forças com as quais ele teve que lutar.
O resumo de sua obra é extremamente positivo, já que antes dele, Jorge Mario Bergoglio, todos os outros papas tiveram suas pegadas marcadas por um conservadorismo arcaico, por vezes abandonando a verdadeira mensagem do cristianismo.
Tivemos papas que flertaram com o nazismo, o racismo e outros "ismos", porém, o Papa Francisco foi um ponto fora da curva. Será lembrado por ter defendido, o tempo todo, a necessidade de uma sociedade mais justa, pacífica, com respeito à dignidade humana e ao bem comum — ou seja, a defesa de um mundo melhor para todos, sem preconceitos, principalmente em favor dos mais necessitados. Seus ensinamentos permanecerão. Fará falta o Papa da paz, do amor, da esperança — o Papa de todos.
Foram 12 anos de um papado, no mínimo, "progressista", e a casta que domina a cúpula da Cúria Romana não pretende deixar esse sentimento de "modernidade social" criar raízes.
Espero de coração que haja um "milagre", que o Conclave dos cardeais entenda que ou a Igreja abre suas portas e janelas ao século XXI, ou continuará perdendo fiéis para o Islã e para os protestantes fundamentalistas.
Seria bom que a África (continente-mãe) ou até mesmo a Ásia fossem ouvidas — ou chamadas a dirigir a Igreja — que tem, entre seus pecados históricos, o racismo. Um papa de origem africana ou asiática demonstraria ao mundo que as brutalidades e a insensibilidade fazem parte de um passado sombrio. Será que é pedir demais?