Ferreira, 38 anos, matou a facadas os pais, Leila Ribeiro Gonçalves Ferreira, 71, e Rubem Luiz Correa Ferreira, 73, e feriu a irmã, Luciana Ferreira Garcia, 53. O crime aconteceu no Edifício Atrium, na Rua 19 Sul, às 10h35, informou o site Metrópoles.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), acreditava-se, a princípio, que o chamado seria para atendimento de uma ocorrência de violência doméstica, mas, quando os PMs chegaram ao local, encontraram os corpos – um deles estava na sala, e o outro, no corredor. Os vizinhos acionaram a corporação após ouvirem barulho de briga. O porteiro também escutou os gritos de socorro, subiu ao segundo andar do prédio, viu a cena do crime e passou mal.
A irmã do acusado foi levada ao pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) pelo marido. Marcelo também recebeu atendimento no HRT, pois ficou com as mãos e os pés feridos.
Um sargento da PMDF contou que o criminoso não esboçou reação quando recebeu voz de prisão. Ele estaria com as mãos sangrando e deitado no sofá. “Ele ficou estático. Não disse nada, nem esboçou reação”, contou.
O caso será investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul). “Temos uma equipe no local preservando a cena do crime até a chegada da perícia. Também estamos acompanhando o atendimento do homem no hospital. Ele foi preso em flagrante e ainda será conduzido à delegacia. Ainda hoje devemos ouvir a testemunha do crime, a irmã. As investigações seguem no sentido de apurar a motivação e a dinâmica dos fatos. Mas não temos dúvidas com relação à autoria”, afirmou o delegado-chefe da 21ª DP, Alexandre Gratão.
Cena chocante
Embora o suspeito tenha apresentado um comportamento “estranho”, o militar disse que não sabe identificar se ele estava em surto, ou sob efeito de drogas ou alguma medicação. “Chegou a nós a informação de que ele estaria em aparente surto, mas só os especialistas podem confirmar.”
Ainda de acordo com o sargento, a cena do local é chocante. “A faca usada no crime ficou cravada no pescoço do pai”, descreveu.
Segundo os vizinhos, Marcelo morava sozinho no apartamento. Ele teve um surto ontem em um supermercado. De acordo com informações do site Metrópoles, o acusado precisou de uma massagem cardíaca, feita por uma enfermeira no próprio estabelecimento.
A profissional da saúde que o atendeu chegou a conversar por telefone com os pais dele. Eles avisaram que o filho é esquizofrênico e que não podia misturar o medicamento com bebidas.
Os pais, que moram em Goiânia, haviam pedido aos porteiros para que fossem avisados caso Marcelo ficasse alterado. Eles vieram para Águas Claras visitar o filho e também tinham a intenção de comprar um imóvel nas redondezas.
O corredor do segundo andar do edifício está interditado.