Após 20 anos de sua primeira vitória, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu novamente o pleito de 2022 e governará o Brasil pela terceira vez. Ele derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) por margem muito apertada, e assumirá o Planalto à partir de janeiro de 2023. Lula foi o mais votado no segundo turno das eleições 2022. Segundo os dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e transmitidos em tempo real na Home Page do ND1 na noite de hoje (30/10/2022), o petista teve mais de 59 milhões de votos (50,8% dos votos válidos).
Bolsonaro teve mais de 57 milhões de votos (49,1% dos votos válidos) e até o momento não se manifestou sobre a derrota nas urnas. A expectativa por parte dos petistas de uma possível vitória no primeiro turno não foi confirmada e a eleição foi definida hoje. Lula irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, ele declarou que não tentará disputar sua reeleição.
Desde a redemocratização, essa é a nona eleição. Pela primeira vez, o presidente em exercício que tentou a reeleição não terminou eleito. Outro dado histórico. Como apontou o ND1 Eleições, os líderes nas pesquisas sempre terminaram eleitos.
Desde o começo da campanha, em 16 de agosto, Lula aparecia em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais, como também noticiamos. O ex-presidente conseguiu reunir em sua campanha nomes que eram adversários em eleições passadas, como o seu candidato a vice, Geraldo Alckmin, Marina Silva, e desafetos do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Além deles, Lula teve o apoio do ex-ministro Joaquim Barbosa.
Bolsonaro apostou todas as suas fichas na prorrogação do Auxílio-Brasil e em uma melhora da economia. Na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente usou seu discurso para atacar seu concorrente, como fez nos debates ao chamá-lo de presidiário.
Apesar disso, ele nunca conseguiu uma grande recuperação nas pesquisas. Seu discurso contra as urnas e colocando em dúvida o sistema eleitoral tampouco deu resultado para além do seu grupo de seguidores. Os constantes ataques contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes também não surtiram efeito desejado nas urnas, apenas serviram para atiçar seus milicos digitais.