O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) está construindo uma candidatura para a eleição presidencial de 2022, mas mantém as portas abertas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso ele recupere seus direitos políticos.
“Sou amigo do Lula, sou advogado do Lula e não serei eu que vou caçar os direitos políticos dele. Eu acho que ele foi injustiçado, que ele seria eleito em 2018”, afirmou Haddad em entrevista exclusiva concedida ao Metrópoles, na qual ressaltou, porém, que seu nome está “à disposição”.
Sobre as dificuldades na construção desse projeto eleitoral, o ex-ministro da Educação chamou de ingenuidade as críticas de correligionários, como o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que reclamou por Haddad descartar o diálogo tanto com bolsonaristas quanto com partidos e pessoas que se aproximam da extrema-direita.
“É muita ingenuidade de alguns companheiros nossos imaginar que você vai encontrar em alguns partidos de direita respaldo às instituições democráticas”, pontua o candidato petista, derrotado em 2018.
Haddad defendeu ainda a cassação do mandato do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e disse que os ataques abertos dele a ministros do Supremo Tribunal Federal fazem parte do roteiro de um golpe que Bolsonaro e seus correligionários estariam orquestrando para o ano que vem. “É uma situação perigosa, por isso que nós decidimos não esperar 2022, nós decidimos ir pra rua, ir pros bairros, ir pras universidades, com todas as cautelas sanitárias, mas pra discutir com a sociedade o desmonte do Brasil”, reforça o candidato.
A entrevista com os destaques mais importantes disponibilizada em transcrição no portal Metrópoles, você pode conferir aqui!
Assista integralmente em vídeo a conversa gravada na quinta-feira (18/2):