Nessa reportagem especial vamos abordar (abaixo) os dados divulgados em recente pesquisa, apontando que as micro e pequenas empresas foram as responsáveis por mais de 195 mil vagas de emprego no Brasil.
Assuntos abordados na reportagem do ND1
Mesmo com a enorme crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por 75% do total de empregos formais registrados em janeiro de 2021. O setor criou aproximadamente 195,6 mil vagas, dentro de um total de 260.353, nada mal num cenário de limitações impostas pelo atual momento sanitário.
Dados do Caged analisados pelo Sebrae
Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que analisou as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da qual o ND1 teve acesso. Fabrício de Lima e Azevedo é micro-empresário do ramo de sorvetes, e mesmo com a crise, conseguiu um aumento de 36% nas vendas da empresa — com a alta demanda do verão pelo produto, teve que contratar mais 7 funcionários com carteira assinada.
"O verão veio trazendo boas notícias para meu ramo de atuação, mesmo nesse cenário pessimista consegui aumentar minhas vendas, tive ainda mais procura na demanda e precisei contratar mais 7 funcionários para a linha de produção e operação das máquinas da fabrica, nem consigo acreditar que mesmo com toda essa crise estou vencendo, comemorou Fabrício que comanda uma fábrica de sorvetes em Blumenau, no estado de Santa Catarina"
A pesquisa reproduzida nesta reportagem pelo ND1 ainda mostra que o número de novos funcionários gerado pelas micro e pequenas empresas foi quase o dobro do mesmo mês de 2020. As médias e grandes empresas (MGE) também registraram saldo positivo, apesar de menor. Foram 668.257 admissões contra 626.653 desligamentos, o que equivale a 15,9% do total de empregos gerados no Brasil em janeiro. Porém, o setor do comércio registrou uma maior diferença.
Pequenas e médias empresas na pesquisa
Enquanto as micro e pequenas apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram saldo negativo de 21,3 mil vagas. Analisando cada unidade da federação, a pesquisa concluiu que as cinco delas que mais geraram empregos, proporcionalmente, foram Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Roraima e Rio Grande do Norte, todas com pelo menos 17 novos empregos a cada mil postos de trabalho existentes.
Os estados que menos geraram empregos foram São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas, também proporcionalmente.
*Essa reportagem foi produzida com a colaboração de nossa equipe*