No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas realizavam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação.
Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão que encontrava-se desarmada, resultando assim em 69 pessoas mortas e 186 feridos.
Ficando este ato marcante conhecido como o *Massacre de Sharpeville*.
Em memória a este massacre a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu 21 de março o dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial!
O fato foi resultado de diversas situações desumanas causada pelo o Racismo Emocional, Estrutural, Social e toda forma de Racismo que aquele povo enfrentava, assim como outros.
Como já sabemos a situação do Racismo é explícita em uma boa parte de nosso planeta, e se arrasta durante décadas.
O racismo se reformula e converge em contextos diversos, e sempre se manifestou e se manifesta de diversas formas, sendo na elaboração de política pública: de segurança, na política pública habitacional, na política pública de saúde, na política pública da educação, na política pública do esporte, da cultura e lazer, na inserção do mercado de trabalho entre outros espaços de desenvolvimento Humano.
Logo fica muito mais fácil entender que quando o governo pensa em um determinado grupo na hora da elaboração de políticas públicas, a exclusão de um outro grupo, será inevitável.
Se tratando de nosso País, primeiro é necessário a capacitação e qualificação dos gestores para que estes entendam que a prática antiga de se governar precisa de qualquer forma ser mudada.
Paralelo a isso é necessário que a população entenda que é fundamental observar o seu voto em Representantes que tenham o equilíbrio, a sensatez, a sensibilidade e responsabilidade em governar com igualdade e equidade, avaliando, propondo e construindo projetos inovadores para o enfrentamento e desconstrução das práticas racistas em nosso meio.
Uma outra ação emergencial é aparelhar toda estrutura Educacional para discutir de forma ampla a lei 10.639/03 e a 11. 645/08 que estabelecem as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.
É necessário exigir a fiscalização dos parlamentares, dos conselhos, do MP entre outros órgãos, para uma imediata execução de projetos e programas que ressiguinifiquem o ser humano com o seu Valor, sua Essência e sua História.
Levando-se em Consideração todo valor épico da ancestralidade de um povo que até hoje teve sua história desrespeitada, distorcida e desvalorizada!
Precisamos que o Racista, reconheça o seu racismo e busque a cura. Pois já deveríamos ter passado dessa fase vergonhosa da humanidade!
Empatia, Respeito, Dignidade, Reparação e Reconhecimento Já!
E assim finalizo com um trecho de nosso glorioso Nelson Mandela:
*Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele*, *por sua origem ou ainda por sua religião*. *Para odiar, as pessoas precisam aprender*, *e se podem aprender a odiar*, *elas podem ser ensinadas a amar*