O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (26) que a Secretaria de Segurança Pública vetou a realização de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro em 7 de setembro. A determinação valeria tanto para a capital quanto para outras cidades paulistas, e o secretário de Segurança Pública, coronel Alvaro Batista Camilo, disse que deve chamar os coordenadores da campanha contra o presidente para um diálogo sobre os atos.

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A coordenação da campanha nacional Fora Bolsonaro afirma que manterá o protesto no Vale do Anhangabaú, e que a mudança de data não está em discussão, com informou recentemente o ND1.

Em uma entrevista coletiva marcada por críticas a Doria, representantes de movimentos de esquerda ressaltaram que a realização de seu ato é uma questão de garantia constitucional. Na organização dos protestos há o receio de que a Polícia Militar não garanta a segurança do ato contra o presidente, e de que os manifestantes fiquem expostos à violência em eventuais confrontos com bolsonaristas.

"Houve a negativa da Secretaria de Segurança Pública à utilização do Vale do Anhangabaú, ou do Largo da Batata ou de qualquer outra área não só na capital, mas no Estado de São Paulo, para manifestações desta ordem (de oposição ao governo federal) no dia 7", disse Doria em entrevista coletiva nesta quinta.

A coordenação da campanha Fora Bolsonaro já comunicou nesta quinta à PM sua intenção de transferir o ato para o Anhangabaú, após desistir de uma disputa jurídica com movimentos bolsonaristas pela realização do ato na própria Avenida Paulista. Durante a manhã, os coordenadores tiveram uma reunião com o secretário municipal da Casa Civil, Ricardo Tripoli, que informou não ter restrições à realização do ato da oposição no Anhangabaú.