A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, anunciou neste sábado (5) a inclusão da Colômbia e do Uzbequistão como novos membros da instituição financeira. A declaração foi feita em coletiva de imprensa no Hotel Fairmont, em Copacabana, após a 10ª reunião anual do Conselho de Governadores do banco. Dilma explicou que a entrada desses dois países, somando-se à já aprovada adesão da Argélia e aos membros anteriores (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Bangladesh e Egito), fortalece o papel do NDB. A ex-presidente também confirmou que outros países estão sendo avaliados para futuras adesões, mas não revelou os nomes por uma decisão do conselho de governadores que visa proteger as negociações. Fortalecimento do Sul Global e Objetivos do NDB Criado em 2014 durante a 6ª Cúpula do Brics em Fortaleza, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) tem como objetivo principal financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do Sul Global. Com sede em Xangai, na China, a instituição já aprovou mais de US$ 32,8 bilhões em financiamentos, dos quais cerca de US$ 5,2 bilhões foram destinados ao Brasil. Atualmente, o banco conta com os seguintes membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Bangladesh, Egito, Argélia, Colômbia e Uzbequistão.
A coletiva de imprensa de Dilma Rousseff ocorreu após o Encontro dos Governadores do Conselho de Administração do NDB, um evento que reuniu ministros, líderes empresariais e representantes de organizações internacionais. A reunião, parte da programação oficial da Cúpula do Brics no Rio, focou no papel das instituições financeiras multilaterais no fortalecimento das economias emergentes. O encontro também reforçou o compromisso do banco com temas cruciais como transição energética, inclusão financeira, economia digital e financiamento climático, alinhando-se às prioridades da presidência brasileira do Brics em 2025.