A Prefeitura do Rio de Janeiro estima uma movimentação econômica de R$ 69,1 milhões na cidade durante os eventos do Brics, conforme o estudo “Brics em Dados”, divulgado neste sábado (5). A projeção leva em conta a presença de aproximadamente 10 mil participantes estrangeiros nos encontros que ocorrerão ao longo do semestre. Essa estimativa engloba os gastos das comitivas internacionais com hospedagem, transporte, alimentação e outras despesas diretas e indiretas relacionadas aos eventos. O prefeito Eduardo Paes enfatizou o impacto positivo: "Um evento dessa magnitude impulsiona setores estratégicos como turismo, infraestrutura e serviços, gerando empregos e desenvolvimento". A Cúpula do Brics 2025, o principal encontro político e econômico do bloco este ano, acontece no domingo (6) e segunda-feira (7) no Museu de Arte Moderna (MAM). O Rio de Janeiro sediará reuniões de chefes de Estado, fóruns empresariais e encontros da sociedade civil, reforçando o papel de liderança do Brasil no grupo em 2025. A cúpula, que reúne representantes dos 11 países-membros permanentes do Brics e nações parceiras, acontece sete meses após o G20. Lula Defende Regras para Inteligência Artificial Neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do Fórum Empresarial do Brics, no Píer Mauá. Durante o evento, Lula defendeu a criação de uma "governança multilateral" para regras sobre inteligência artificial (IA). O presidente alertou que o desenvolvimento da tecnologia sem "diretrizes claras" acarreta "riscos e efeitos colaterais". O debate sobre regras compartilhadas para a inteligência artificial é um dos objetivos da presidência brasileira no Brics.
O Brasil tem defendido que o grupo estabeleça diretrizes comuns sobre IA, com padrões mínimos de transparência e segurança. Na avaliação de Lula, sem essas normas, os modelos gerados por grandes empresas de tecnologia "vão se impor". Ele reiterou: "A inteligência artificial traz possibilidades que, há poucos anos, sequer imaginávamos. Na ausência de diretrizes claras coletivamente acordadas, os modelos gerados com base apenas na experiência de grandes empresas de tecnologia vão se impor. Os riscos e efeitos colaterais da inteligência artificial demandam uma governança multilateral".