A Polícia Civil do Rio de Janeiro está à procura de três foragidos suspeitos de envolvimento em crimes de maus-tratos, cárcere privado e estupro em uma clínica clandestina de reabilitação em Magé, na Baixada Fluminense. Um dos procurados é apontado como proprietário da unidade e investigado por estuprar uma paciente no local.
De acordo com a delegada Débora Rodrigues, titular da 66ª DP (Piabetá), o dono da clínica é acusado de usar drogas e promover festas na unidade, sendo que o estupro teria ocorrido em uma dessas ocasiões.
Na última sexta-feira (23), agentes das duas delegacias prenderam uma mulher, ex-interna da clínica, suspeita de agredir outros pacientes. A delegada explicou que a presa, identificada como Amanda, "bateu nas outras internas" e "aderiu às condutas de cárcere privado e maus-tratos".
A clínica, que já havia sido fechada em janeiro pela segurança sanitária devido às péssimas condições de higiene, operava de forma irregular. As vítimas pagavam R$ 1,4 mil mensais para ficarem internadas à força, em um ambiente insalubre e sem equipe multidisciplinar para o tratamento adequado.
A mulher presa responderá pelos crimes de estupro, associação criminosa, cárcere privado e maus-tratos. As investigações continuam para localizar os outros foragidos e apurar a extensão dos crimes cometidos na clínica clandestina.