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Palácio Histórico na Ilha de Brocoió Renasce como Centro de Pesquisa

Antiga residência de veraneio abrigará estudos para despoluição da Baía de Guanabara

Elise Ventura
Por: Elise Ventura
23/05/2025 às 12h29
Palácio Histórico na Ilha de Brocoió Renasce como Centro de Pesquisa
Reprodução da internet

Após anos de abandono, o icônico Palácio da Ilha de Brocoió, localizado na Baía de Guanabara, ganhará uma nova e importante função. O casarão, conhecido por sua arquitetura singular e por ter sido palco de encontros de figuras políticas e da alta sociedade carioca, será restaurado para abrigar um centro de pesquisas focado na despoluição da baía.

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A Agência Reguladora de Energia e Saneamento do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) confirmou a iniciativa, que já está na fase de pesquisa de preços para contratar a instituição responsável pela restauração e implementação do centro. Essa medida está alinhada ao projeto da concessionária Águas do Rio, que visa reduzir em 90% a poluição da Baía de Guanabara até 2033.

Construída na década de 1930, a mansão em estilo normando foi idealizada pelo empresário Octavio Guinle, fundador do Copacabana Palace, e projetada pelo arquiteto francês Joseph Gire, também responsável pelo Copa e pelo Hotel Glória. Apesar de tombado pelo Iphan desde 1965, o imóvel encontra-se em avançado estado de degradação, com telhados comprometidos, claraboias improvisadas e jardins tomados pelo mato. O governo do estado assegura que há manutenção permanente, incluindo controle de pragas e vigilância diária.

De Residência de Verão a Símbolo de Abandono

Por décadas, Brocoió foi residência de veraneio de governadores e cenário de festas privadas. Nos anos 80, Leonel Brizola a utilizava para reuniões de secretariado e eventos sociais. Em 2003, Rosinha Garotinho chegou a se isolar na ilha durante a crise do “propinoduto”. Tentativas anteriores de revitalização, como transformá-la em ponto de visitação pública, escola de hotelaria ou campus da Uerj, não saíram do papel.

Apesar de já ter sido avaliada em R$ 45 milhões, o valor atual do imóvel não ultrapassaria os R$ 8 milhões devido ao seu estado de abandono. Leilões realizados durante os governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão para vender a ilha não tiveram sucesso.

A Águas do Rio informou que o plano de despoluição da Baía de Guanabara prevê a interceptação e o tratamento do esgoto através de coletores de tempo seco, evitando o despejo direto na baía em períodos sem chuva. A expectativa é que, até 2033, o tratamento de esgoto atinja 90% da população atendida pela concessionária em 27 municípios do estado.

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