Em seu depoimento na 22ª DP (Penha), a paciente que alega ter sido vítima de estupro dentro da enfermaria do Hospital Estadual Getúlio Vargas detalhou que o técnico de enfermagem preso pelo crime lhe administrou comprimidos que a deixaram em estado de sonolência.
Posteriormente, conforme o depoimento prestado à delegacia e acessado pelo g1, o técnico ameaçou a paciente de morte utilizando um líquido contido em uma seringa.
Ainda segundo o relato, o técnico de enfermagem inicialmente passou a mão em suas partes íntimas sob o pretexto de realizar sua higiene pessoal. Em seguida, ele teria utilizado um biombo para isolar a paciente da visão dos demais presentes na enfermaria.
Horas depois, durante a madrugada de quinta-feira, o acusado retornou ao leito da vítima. Após ameaçá-la com a seringa, ele se masturbou na frente dela, de acordo com o depoimento. O abuso culminou com o ato sexual.
O caso foi levado ao conhecimento do supervisor de enfermagem e da direção do hospital. Confrontado por seus superiores, o técnico negou as acusações e foi encaminhado à 22ª DP (Penha), onde responderá por estupro de vulnerável.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde expressou seu repúdio ao ocorrido e informou que a direção do hospital, assim que ciente dos fatos, comunicou o caso à Secretaria e à Fundação Saúde, gestora da unidade, e tomou todas as providências cabíveis. Uma equipe do hospital acompanhou a família da paciente na delegacia. A Fundação Saúde determinou o imediato desligamento do funcionário terceirizado.
Nota da Secretaria de Saúde na Íntegra:
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) e a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) manifestam seu profundo repúdio ao episódio denunciado pelos familiares da paciente, envolvendo um profissional terceirizado que atuava na unidade.
Assim que a direção do hospital tomou conhecimento do caso, na manhã desta quinta-feira (15), comunicou imediatamente a Secretaria e a Fundação Saúde, responsável pela gestão da unidade, e todas as medidas necessárias foram prontamente adotadas. Uma equipe do hospital prestou apoio à família da paciente na delegacia. A Fundação Saúde já determinou o imediato desligamento do funcionário pela empresa terceirizada.
A Secretaria de Estado de Saúde se coloca à inteira disposição das autoridades policiais para colaborar integralmente com as investigações.
Uma equipe multidisciplinar foi designada para oferecer apoio psicológico e acompanhamento tanto à paciente quanto aos seus familiares.