Uma operação da Polícia Federal (PF) libertou 26 pessoas – quatro brasileiros e 22 paraguaios – mantidas em condições análogas à escravidão nesta segunda-feira (12) em uma fábrica clandestina de cigarros localizada em Vigário Geral, na Baixada Fluminense.
De acordo com a PF, responsável pela ação de combate à lavagem de dinheiro, a exploração na fábrica, que foi interditada, era conduzida pela máfia do cigarro associada ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho.
Inicialmente, as 26 pessoas resgatadas são consideradas vítimas de trabalho análogo à escravidão. No entanto, a investigação em curso buscará determinar se alguma delas possui envolvimento no esquema que viabilizava a produção ilegal de cigarros.
No galpão da fábrica, foram encontradas diversas máquinas e grande quantidade de material, evidenciando a significativa escala da produção clandestina de cigarros no local.
Adilsinho, atualmente foragido, é apontado como o principal articulador da máfia de cigarros ilegais no Rio de Janeiro. Além de sua atuação no jogo do bicho, ele utiliza essas fábricas de cigarro para ampliar seus lucros e realizar a lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas.
Investigações anteriores já revelaram que Adilsinho coage comerciantes nas áreas sob seu domínio a adquirir e revender seus produtos ilícitos.
Em 2022, outra fábrica clandestina de cigarros foi desmantelada em Duque de Caxias, resultando no resgate de 23 paraguaios e um brasileiro em situação análoga à escravidão.