O traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, e outros dois criminosos se tornaram réus após a Justiça aceitar a denúncia do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) referente ao ataque à 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos), em Duque de Caxias.
As investigações apontam que Doca ordenou a invasão da unidade policial, ocorrida em 15 de fevereiro de 2025. O Juízo da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias decretou a prisão preventiva dos três denunciados, todos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Eles responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado, tortura e associação para o tráfico.
A ação criminosa teria sido motivada pela tentativa de resgate de Rodolfo Manhães Viana, o Rato, preso horas antes na Comunidade Vai Quem Quer por tráfico e associação para o tráfico. Armados com fuzis e granadas, os criminosos invadiram a delegacia, feriram dois agentes e torturaram um deles na busca por informações sobre a localização de Rato, que já havia sido transferido para a Polinter, na Cidade da Polícia.
Durante a investigação, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. A análise de dados extraídos de celulares apreendidos confirmou o envolvimento de Doca no atentado, bem como a participação ativa de Nilson Tavares de Oliveira, o Novinho ou Nilsinho, e Edward Yuri Correia Santana, o Brinquedo. Joab da Conceição Silva, também implicado, já havia sido denunciado pelo MPRJ. Nilson foi morto em confronto com a Polícia Civil no último sábado (03/05).