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Renascimento em Magé: Parque Natural Brota de Área de Desastre Ambiental

Vinte e cinco anos após a tragédia, o Parque Natural Municipal Barão de Mauá surge como símbolo de recuperação, educação e lazer, celebrando o Dia da Baixada Fluminense.

Elise Ventura
Por: Elise Ventura
29/04/2025 às 15h16 Atualizada em 29/04/2025 às 15h25
Renascimento em Magé: Parque Natural Brota de Área de Desastre Ambiental
Prefeitura de Magé

Em um feito notável de resiliência ambiental, a Prefeitura de Magé inaugurará, no dia 30 de abril – data que também marca o Dia da Baixada Fluminense –, o Parque Natural Municipal Barão de Mauá. O local, que há 25 anos foi palco de um grave desastre ambiental em seu manguezal, hoje floresce como uma área de 113 campos de futebol de mangue recuperado, lar de diversas espécies nativas que retornaram à região.

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Essa transformação notável foi impulsionada pela dedicação dos pescadores locais e de instituições ambientais. O árduo trabalho de restauração envolveu a remoção de resíduos, o plantio estratégico de mudas de mangue-vermelho, branco e negro, e um monitoramento contínuo do delicado ecossistema. Atualmente, o parque pulsa com uma rica biodiversidade, abrigando 107 espécies de aves, 21 de mamíferos, 16 de répteis e 11 de crustáceos catalogadas.

"A inauguração do Parque Natural Municipal Barão de Mauá representa uma vitória significativa para o meio ambiente e ilustra o impacto positivo da intervenção humana na revitalização de ecossistemas degradados. Estou extremamente feliz com essa conquista. Sem dúvida, o parque se tornará mais um atrativo turístico e cultural, somando-se às muitas belezas que Magé oferece", celebra o prefeito Renato Cozzolino.

A abertura do parque inaugura um novo capítulo para a área, que se consolidará como um espaço dedicado à educação ambiental, à pesquisa científica e ao lazer contemplativo. Os visitantes poderão explorar uma passarela suspensa com aproximadamente 1 km de extensão, um charmoso deck à beira-mar, um observatório com mais de 11 metros de altura, além de instalações de apoio como alojamento para pesquisadores, lanchonete e espaço para exposições. "Foram quatro longos anos dedicados à remoção de lixo. Muitos iniciaram essa jornada, mas alguns se foram, outros desistiram. Enfrentamos inúmeras tentativas e erros até que o solo antes inóspito aceitasse as mudas e desse origem à floresta exuberante que vemos hoje.

Lembro-me de quando o então ministro Gilberto Gil visitou a região e plantou algumas mudas, acompanhado por Alfredo Sirkis. O Instituto OndAzul foi um parceiro fundamental, auxiliando no processo de recuperação de janeiro de 2001 a julho de 2019", relembra Adeimantus Carlos, pescador e vítima do desastre ambiental, que liderou incansavelmente a recuperação da área e hoje assume a direção do parque. A memória daqueles que tornaram essa transformação possível será eternizada no parque: o circuito ambiental receberá o nome de Alfredo Sirkis, e Gilberto Gil será homenageado com um bosque onde suas mudas de mangue floresceram, simbolizando sua contribuição para a revitalização da área. Parque Elevado à Categoria de Patrimônio Histórico, Cultural, Turístico e Paisagístico O Parque Natural Barão de Mauá, em Magé, ascendeu ao patamar de patrimônio histórico, cultural, turístico e paisagístico do Estado do Rio de Janeiro, conforme a Lei 10.534/2024, de autoria do deputado estadual Vinícius Cozzolino, sancionada em 9 de outubro de 2024.

Esse reconhecimento solene sublinha a importância da preservação e valorização do parque, que ostenta uma rica biodiversidade e atrai moradores, turistas e pesquisadores de diversas partes do mundo. Abertura para Visitação Pública e Científica Após a inauguração, o parque abrirá suas portas para o público em geral. Além de oferecer uma vista panorâmica da Baía de Guanabara, os visitantes terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o manguezal, um ecossistema vital considerado o "pulmão" natural do planeta. "Essa analogia de 'pulmão' não é fortuita. O manguezal possui a capacidade singular de capturar e armazenar grandes volumes de carbono, sequestrando até quatro vezes mais carbono da atmosfera do que as florestas tropicais terrestres, o que o torna um aliado crucial no combate às mudanças climáticas. Adicionalmente, ele atua como um filtro natural, retendo diversas impurezas que contaminam as águas durante a maré alta.

Este local é uma verdadeira riqueza, e já tivemos até o registro da visita de um flamingo", explica o secretário de Meio Ambiente, Carlos Henrique Lemos. As visitas em grupo serão limitadas a 30 pessoas e deverão ser agendadas previamente através do e-mail [email protected].

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