A Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, gerou controvérsia ao contratar 58 candidatos a vereador que não obtiveram sucesso nas últimas eleições municipais de 2024. Este número é mais que o dobro dos 23 vereadores eleitos, levantando questionamentos sobre os critérios de contratação da administração municipal.
Contratações e Gastos Públicos
Os candidatos derrotados foram alocados em diversas funções dentro da prefeitura, com salários variando entre R$ 1.670 e R$ 9.240. O custo total mensal com esses servidores é de aproximadamente R$ 185 mil, resultando em um gasto anual de R$ 2,5 milhões para os cofres públicos.
Servidores Flagrados em Outras Atividades
Uma reportagem do RJ2 revelou que alguns desses servidores, incluindo Roselene Santos Santana Fonseca (Rose Poder), Marcelo Silva de Almeida e Marlon Claudino Contaefer dos Santos (Duduzão), estavam exercendo atividades em suas empresas privadas durante o horário de expediente na prefeitura.
* Roselene Santos Santana Fonseca (Rose Poder): Proprietária de um box de moda feminina em um shopping local e assessora de gabinete na prefeitura, com salário de R$ 2 mil.
* Marcelo Silva de Almeida: Proprietário de um restaurante no município.
* Marlon Claudino Contaefer dos Santos (Duduzão): Trabalha com adesivação de carros e é assessor de governo na prefeitura, recebendo R$ 2,7 mil.
Duduzão admitiu passar o dia em sua empresa, justificando que "não pago ninguém, eu faço".
Exonerações e Investigação
Após a exibição da reportagem, a prefeitura exonerou Roselene, Marcelo e Marlon de seus cargos. Em nota, a Prefeitura de Nova Iguaçu informou que irá instaurar uma sindicância para apurar as faltas injustificadas e investigar todos os casos de servidores que não estejam cumprindo a jornada de trabalho regularmente. Além disso, o responsável pelo controle de pontos será substituído.