O Supremo Tribunal Federal (STF) acumula dois votos favoráveis à manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A análise da decisão, iniciada no plenário virtual da Corte às 11h desta sexta-feira (25/4) e com encerramento previsto para as 23h59, foi interrompida por um pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes. Esse pedido levará o caso para o plenário físico, mas não altera a situação da prisão do ex-senador.
Até o momento, o ministro Flávio Dino acompanhou o voto do ministro Alexandre de Moraes, totalizando dois votos pela manutenção da prisão. Apesar do pedido de destaque de Gilmar Mendes, os demais ministros do STF ainda podem registrar seus votos no plenário virtual até o final do dia. No entanto, a decisão final sobre o caso será tomada presencialmente.
Fernando Collor foi preso em Maceió (AL) às 4h desta sexta-feira, por determinação de Alexandre de Moraes, após a rejeição dos recursos contra sua condenação na Operação Lava-Jato. Ele passou por audiência de custódia na manhã do mesmo dia e permanecerá detido na Superintendência da Polícia Federal em Maceió até que o STF defina o local para cumprimento da pena.
Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, em decorrência de sua participação em um esquema de recebimento de R$ 20 milhões para viabilizar contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. A defesa do ex-presidente expressou "surpresa" e "preocupação" com a decisão de Moraes, mas afirmou que Collor se apresentaria às autoridades.