Moradores de um condomínio Minha Casa, Minha Vida, localizado no bairro do Estácio, na região Central do Rio de Janeiro, estão enfrentando uma grave situação: já são 25 dias sem internet. O problema começou quando traficantes cortaram os cabos da operadora Claro, impedindo que os técnicos realizassem os reparos necessários. O objetivo dos criminosos é forçar os moradores a contratar sua própria internet, conhecida como "gatonet", uma alternativa clandestina que vem sendo oferecida no Morro do São Carlos.
De acordo com uma nota da empresa, os traficantes estão bloqueando o acesso dos técnicos da Claro em várias ruas residenciais do Estácio. Moradores e comerciantes relatam que, ao entrarem em contato com a operadora, são informados de que não há previsão para a normalização do serviço. A Claro atribui a interrupção à falta de segurança na área, afirmando que suas equipes estão impossibilitadas de prestar atendimento devido a ameaças físicas.
Outros Bairros Afetados
A situação não é isolada
Em janeiro de 2025, a TV Globo reportou que moradores de bairros da Zona Norte do Rio também estão enfrentando cortes em seus serviços de internet, com relatos de problemas em áreas como Penha, Brás de Pina, Cordovil e Piedade. A Conexis Brasil Digital, que representa as principais operadoras de telecomunicações do país, destacou que o furto, roubo e vandalismo de cabos e equipamentos causam prejuízos diretos a milhões de consumidores anualmente, deixando-os sem acesso a serviços essenciais, como polícia e emergências médicas. Além disso, a falta de segurança impede que as operadoras realizem a manutenção necessária em seus equipamentos, agravando ainda mais a situação. O setor de telecomunicações clama por uma ação coordenada de segurança pública, envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, e pela aprovação de projetos de lei que aumentem as punições para esses crimes, buscando combater essas ações criminosas de forma eficaz.