O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, negou pedidos de prorrogação do prazo. O prazo para que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentem a defesa sobre a denúncia de tentativa de golpe de Estado em 2022 termina nesta quinta-feira (6). De acordo com as regras penais do Supremo Tribunal Federal (STF), os denunciados têm um período de 15 dias para apresentar suas defesas.
Os advogados de Bolsonaro solicitaram mais tempo, mas o pedido foi negado pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. Além de Bolsonaro, outros acusados de participação na trama golpista também foram notificados para apresentar suas defesas, com prazos contados individualmente a partir da data de notificação.
Até a manhã desta quinta-feira, três acusados já haviam apresentado suas defesas:
Bernardo Romão Correa Netto - Coronel acusado de incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula.
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha - Engenheiro contratado pelo PL para questionar a vulnerabilidade das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022.
Cleverson Ney Magalhães - Coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
Os demais acusados, como Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid e Paulo Sérgio Nogueira, também foram notificados no dia 19 de fevereiro, com o prazo de defesa terminando hoje. Aqueles notificados no dia 20 de fevereiro, como Almir Garnier e Braga Netto, têm até 7 de março para apresentar suas defesas.
A apresentação da defesa prévia é uma etapa crucial no processo, que envolve a denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. Após o término dos prazos, se houver novos documentos, o Ministério Público será chamado a se manifestar. O ministro Alexandre de Moraes, ao final desta etapa, liberará o caso para julgamento colegiado, onde a Primeira Turma decidirá se aceita ou não a denúncia.
As defesas dos acusados já começaram a ser apresentadas. Os advogados de Bernardo Romão Corrêa Netto foram os primeiros a se manifestar, afirmando que "o acusado é inocente e a acusação não merece prosperar". A defesa de Carlos Rocha argumenta pela rejeição da denúncia, alegando "ausência do interesse de agir", enquanto a defesa de Cleverson Ney Magalhães destaca que ele participou apenas de uma única reunião, sem qualquer adesão a ações golpistas.