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Diplomacia Brasileira em Tempos de Tensão com os EUA

A Necessidade de uma Postura Equilibrada Frente às Tarifas de Trump.

Elise Ventura
Por: Elise Ventura
05/03/2025 às 12h41

Diplomatas ouvidos pela GloboNews avaliaram nesta quarta-feira (5) que o Brasil precisará, nas próximas semanas, equilibrar uma postura "firme", mas ao mesmo tempo "cuidadosa" em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e às tarifas que podem ser impostas a produtos brasileiros exportados para o mercado americano. Na terça-feira, durante o tradicional discurso do Estado da União no Congresso, Trump citou o Brasil entre os países que, segundo ele, "roubam" os Estados Unidos com taxas sobre produtos americanos. Durante sua campanha, o então candidato prometeu adotar uma política mais protetora, alegando que países ao redor do mundo lucram às custas dos EUA.

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Desde que assumiu, Trump tem implementado uma série de medidas para sobretaxar produtos de diversos países, justificando a necessidade de proteger os produtores locais, como a taxação de 25% sobre o aço e o alumínio estrangeiros. Essas medidas impactam diretamente a economia de países que exportam para os EUA. Um diplomata, em conversa reservada com a GloboNews, afirmou que a postura do governo brasileiro já tem sido cuidadosa em relação a Trump, para não agravar a situação. Ele destacou que "prudência não é deixar de responder", mas sim "saber o momento de responder". Outro diplomata alertou que o Brasil não deve "apagar o fogo colocando gasolina", pois isso poderia piorar a situação.

Um integrante do Palácio do Planalto comentou que a estratégia atual deve ser manter uma postura "cuidadosa, mas responsiva", ou seja, "prudente e firme" ao mesmo tempo. Segundo ele, o Itamaraty precisará ser cauteloso para "não escalar" a situação desnecessariamente, respondendo de forma "firme" apenas "se for preciso". Brasil Não Deve Aceitar Provocações O diplomata Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil na França e na Argentina, avaliou que o discurso de Trump "não foi promissor", pois o atual presidente dos EUA possui "convicções agressivas" e defende medidas como se o país fosse "vítima da sociedade internacional". Azambuja, que é conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), também mencionou que Trump tentou colocar o Brasil em uma espécie de "lista de espera" de países que poderão ser atingidos por uma "severa resposta americana", exigindo do Brasil uma postura "cuidadosa".

Ele enfatizou que o Brasil deve permanecer em alerta, atento e cauteloso, especialmente porque Trump possui uma "agressividade natural". Para Azambuja, a diplomacia brasileira precisará equilibrar uma posição "firme", "clara" e "articulada", evitando provocar ou aceitar provocações do governo dos Estados Unidos, a fim de prevenir "animosidades" nas relações entre os dois países.

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