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10 Momentos em Que Jair Bolsonaro Ameaçou as Instituições e a Democracia Brasileira

Bolsonaro repetidamente questionou a legitimidade do sistema eleitoral, atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), enfraqueceu a imprensa e incentivou pautas autoritárias entre seus apoiadores.

Maurício Júnior
Por: Maurício Júnior
17/02/2025 às 22h49
10 Momentos em Que Jair Bolsonaro Ameaçou as Instituições e a Democracia Brasileira
Foto: Divulgação / Reprodução

Desde sua ascensão política, Jair Bolsonaro tem sido uma figura polêmica, marcada por discursos e ações que frequentemente desafiaram as instituições democráticas do Brasil. Durante seu mandato como presidente (2019-2022), Bolsonaro repetidamente questionou a legitimidade do sistema eleitoral, atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), enfraqueceu a imprensa e incentivou pautas autoritárias entre seus apoiadores.

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Nessa reportagem especial, o ND1 detalha dez momentos críticos em que o ex-presidente ameaçou a estabilidade democrática do país e analisa os impactos desses ataques na política contemporânea brasileira.

1. Questionamento do Sistema Eleitoral e das Urnas Eletrônicas

Desde antes de sua eleição, Bolsonaro lançava dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas. Em 2021, intensificou suas acusações ao afirmar, sem provas, que haveria fraude eleitoral se não fosse implementado o voto impresso. O ataque direto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) culminou em um inquérito no STF e na resistência de instituições que garantiram a realização das eleições de 2022 sob as regras vigentes.

2. Ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Bolsonaro frequentemente atacou ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso. Chegou a afirmar que "as eleições não seriam realizadas" caso não houvesse voto impresso. Em manifestação no 7 de setembro de 2021, ameaçou diretamente Moraes, declarando que não mais cumpriria decisões judiciais do magistrado.

3. Participação e Incentivo a Manifestações Antidemocráticas

Ao longo de seu governo, Bolsonaro incentivou e participou de atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF. Em abril de 2020, compareceu a uma manifestação em Brasília onde seus apoiadores defendiam uma intervenção militar. Sua presença foi interpretada como um aval presidencial a essas pautas.

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4. Tentativa de Mobilização das Forças Armadas

Durante seu mandato, Bolsonaro tentou instrumentalizar as Forças Armadas em diversas ocasiões. Nomeou militares para cargos estratégicos e tentou pressionar as instituições a aderirem às suas teses golpistas. A crise atingiu um ápice em março de 2021, quando a cúpula das Forças Armadas se recusou a ceder às pressões e foi trocada.

5. Difusão de Fake News Contra as Instituições

A estratégia de Bolsonaro incluía a disseminação de fake news, muitas vezes diretamente contra o STF e o TSE. Entre os casos mais graves está a transmissão ao vivo em que, sem apresentar evidências concretas, afirmou que havia fraudes nas eleições de 2018.

6. Ameaças Contra a Imprensa e Perseguição a Jornalistas

Bolsonaro e seus aliados frequentemente atacaram a imprensa, ameaçando jornalistas e veículos de comunicação. Em diversas ocasiões, intimidou repórteres ao vivo, promovendo um ambiente hostil à liberdade de expressão.

7. Tentativa de Interferência na Polícia Federal

A tentativa de interferir na Polícia Federal levou à demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de buscar proteger aliados e familiares de investigações. O caso gerou um inquérito no STF, reforçando preocupações com o uso político das instituições de segurança.

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8. Deslegitimação da Pandemia e Choque com Governadores

Durante a crise da COVID-19, Bolsonaro atacou governadores e prefeitos que impuseram medidas de distanciamento social, desafiando a autonomia federativa e estimulando a desobediência civil contra decretos estaduais e municipais.

9. Conluio com Movimentos Extremistas e Milícias Digitais

Durante seu governo, Bolsonaro promoveu e protegeu figuras ligadas às chamadas "milícias digitais", grupos que disseminavam desinformação e atacavam opositores políticos. Investigações mostraram que esses grupos tinham ligações diretas com gabinetes bolsonaristas.

10. Tentativa de Golpe e os Ataques de 8 de Janeiro de 2023

Mesmo após deixar o cargo, Bolsonaro continuou questionando a legitimidade das eleições e estimulando a radicalização de seus apoiadores. Os ataques de 8 de janeiro de 2023 ao Congresso, ao STF e ao Palácio do Planalto foram a culminação de anos de discursos que incentivaram a insurreição contra as instituições.

A marca dos ataques

Os ataques de Jair Bolsonaro às instituições democráticas deixaram uma marca profunda na história política brasileira. Seu governo demonstrou a fragilidade do sistema frente a lideranças autoritárias e a importância da resistência institucional. O Brasil enfrenta agora o desafio de fortalecer suas instituições para evitar que novas ameaças coloquem em risco a democracia no futuro.

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