Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro e domina o Complexo de Israel. Atualmente, ele está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por terrorismo, um marco inédito na história do combate ao tráfico no Brasil.

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Peixão é o chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), uma facção que rivaliza com o Comando Vermelho (CV) nas disputas territoriais. Ele controla diversas áreas do Complexo de Israel, que inclui:

• Cidade Alta
• Parada de Lucas
• Vigário Geral
• Cinco Bocas
• Pica-pau
• Símbolos como a Estrela de Davi e a bandeira israelense estão visivelmente espalhados pelas favelas sob seu domínio.

Acusações de Terror Social

O traficante é acusado de promover terror social, utilizando seu poder para impor sua religião. Segundo o secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, Peixão persegue e, em muitos casos, mata aqueles que não seguem sua crença.

Enquadramento na Lei Antiterrorismo

Peixão pode ser indiciado por terrorismo, conforme um dos artigos da lei de 2023, que define o terrorismo como:

"A prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de ideologia política, xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública."

Conflitos e Ações Policiais

Os seguidores de Peixão possuem um arsenal capaz de sustentar longos confrontos, como demonstrado em uma operação policial recente. Tiroteios resultaram no fechamento da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, ferindo quatro pessoas — duas por balas e duas por estilhaços de vidro. O secretário de Segurança do RJ, Victor Santos, descreveu a operação como uma “ação emergencial” para evitar um “banho de sangue”, após a inteligência policial detectar uma tentativa de invasão do TCP à comunidade do Quitungo, dominada pelo Comando Vermelho.