Em uma ação coordenada, as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quinta-feira (6), as operações Torniquete e Impacto, com o objetivo de desarticular quadrilhas criminosas que atuam no estado. As ações se concentraram no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital, e em outros pontos estratégicos, resultando na apreensão de armas, drogas e informações importantes sobre o modus operandi dos criminosos.
Operação Torniquete
A Operação Torniquete, realizada pela Polícia Civil, teve como foco o combate ao roubo de cargas. Um "escritório" do Comando Vermelho (CV) foi descoberto no Complexo da Maré, onde eram planejados os roubos. Computadores foram apreendidos e serão periciados, pois contêm informações sensíveis sobre o esquema criminoso, como dados de funcionários de empresas de transporte que colaboram com os criminosos, rotas, horários e conteúdo das cargas, além de contatos de empresários que compram os produtos roubados.
A ação se estendeu por cinco estados, com o cumprimento de 74 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos criminosos. A polícia identificou duas quadrilhas ligadas ao CV que atuam no roubo de cargas e que se escondem na Maré. Os chefes desses grupos já eram foragidos da Justiça.
Operação Impacto
A Operação Impacto, realizada pela Polícia Militar, teve como objetivo combater o roubo de veículos. A primeira fase da ação se concentrou no Grande Méier, com a mobilização de 250 policiais e o uso de veículos blindados, drones e motocicletas. A ação faz parte de uma estratégia da PM para intensificar o combate ao crime organizado no estado.
Resultados
As operações conjuntas resultaram na prisão de criminosos, na apreensão de armas, drogas e veículos roubados, além do desmantelamento de um "escritório" do crime organizado. As informações obtidas durante as ações serão utilizadas para aprofundar as investigações e identificar outros integrantes das quadrilhas.
Impacto social
As operações tiveram impacto na rotina da população. Duas escolas da Maré precisaram ser fechadas, e duas clínicas da família suspenderam o atendimento. A ação demonstra o poder do crime organizado no Rio de Janeiro e a importância do trabalho das forças de segurança para combater a criminalidade e garantir a segurança da população.