Dois novos secretários municipais de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, estão sendo investigados por suposto envolvimento em um esquema de desvio de R$ 30 milhões dos cofres públicos. As informações foram divulgadas pelo RJ2, da TV Globo.
Os secretários são:
Carlos Eduardo Pereira (Dudu Magalhães), secretário de Governo Sheila Boechat Ferreira, secretária de Educação Ambos foram indiciados em um inquérito da Polícia Civil em 2019, enfrentando acusações de crimes como organização criminosa, fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro.
Detalhes da Investigação e Audiência
Em 2020, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Dudu Magalhães, enquanto Sheila Boechat não foi citada. O caso, que corre em sigilo, teve uma audiência no fórum de Belford Roxo nesta quinta-feira (30). Segundo as investigações, 21 pessoas foram indiciadas por sua participação no esquema, que envolvia recursos públicos destinados à saúde. Os investigadores revelaram que, entre 2016 e 2019, foram movimentados R$ 34 milhões entre 14 pessoas físicas e 17 empresas que prestavam serviços à Prefeitura.
Os recursos teriam sido desviados por servidores ligados ao então secretário de Administração, João Magalhães da Silva, pai de Dudu Magalhães, que faleceu em 2019. A investigação também identificou a existência de funcionários fantasmas e um esquema de “rachadinha” na administração pública, com fraudes em licitações e contratações indevidas.
Outros Secretários Sob Suspeita
Além de Dudu e Sheila, outros dois secretários de Belford Roxo também estão sendo investigados por suspeitas de envolvimento com milícias na Baixada Fluminense: Fábio Augusto de Oliveira Brasil (Esportes) – réu por extorsão e porte ilegal de arma de fogo. Eduardo Araújo (Indústria e Comércio) – condenado a oito anos de prisão por integrar uma milícia responsável por homicídios na região.
Posicionamento da Prefeitura
A Prefeitura de Belford Roxo, por meio de nota, afirmou que respeita o princípio da presunção de inocência e que não há condenações ou decisões judiciais que impeçam os secretários de exercerem suas funções. Dudu Magalhães, por sua vez, declarou que o processo tramita desde 2016 e que confia na Justiça para esclarecer os fatos. Em relação aos outros secretários investigados por envolvimento com milícias, a administração municipal informou que publicou um decreto proibindo nomeações de secretários com condenações criminais transitadas em julgado.