A Prefeitura de Magé, por meio da Secretaria de Habitação e Urbanismo, realizou na última quinta-feira (23) uma visita técnica às ruínas da Igreja da Nossa Senhora da Estrela dos Mares, localizada no Parque Estrela. Este evento teve como principal objetivo o levantamento de dados do local, que servirá para o desenvolvimento de desenhos técnicos. Com base nas informações coletadas, será elaborado um projeto de escoramento visando o mapeamento de danos e a preservação do Sítio Arqueológico Vila da Estrela.
O secretário de Habitação e Urbanismo, Marcos Pencai, destacou a importância dessa visita: “Essa etapa foi muito importante, pois é a partir dela que conseguiremos identificar os problemas e propor as soluções necessárias para a conservação da construção.
Esse levantamento de hoje é prova do compromisso dessa gestão com o patrimônio histórico e arqueológico do município, buscando compatibilizar o patrimônio arqueológico com o ordenamento territorial.” Conhecendo a História A Capela de Nossa Senhora da Estrela dos Mares foi uma importante construção religiosa na antiga Vila da Estrela, no atual município de Magé, Rio de Janeiro. Fundada por volta de 1650, a capela teve grande relevância durante a época colonial e o Império, já que fazia parte da variante do Caminho Novo das Minas Gerais, principal rota comercial do Brasil durante o período aurífero e, posteriormente, cafeeiro. Com o passar dos anos e as mudanças nas dinâmicas urbanas e econômicas, a capela foi sendo gradualmente abandonada, encerrando suas atividades em 1893.
Hoje, restam apenas ruínas do edifício, que continuam a ser um testemunho da rica história de Magé e da importância do patrimônio religioso da região. Atualmente, a ruína da Capela de Nossa Senhora da Estrela é considerada um patrimônio cultural, embora não seja mais utilizada para fins religiosos. Ela é um importante local de memória dentro do contexto histórico de Magé, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e reconhecida como sítio arqueológico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).