A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiu que seus funcionários devem trabalhar de forma remota nesta quinta-feira (9), um dia após uma operação da Polícia Civil que resultou em troca de tiros nas dependências da instituição em Manguinhos, Zona Norte do Rio. Apenas os trabalhadores de serviços considerados essenciais deverão estar presentes na Fiocruz.
Uma viatura da Polícia Militar foi posicionada na entrada principal para reforçar a segurança.
A operação envolveu agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Durante a ação, a Polícia Civil informou que criminosos teriam se refugiado dentro da Fiocruz. Imagens de câmeras de segurança mostraram um homem, identificado como traficante, tentando escapar pela fundação. Um tiro atingiu uma das janelas da Bio-Manguinhos, a fábrica de vacinas da Fiocruz, ferindo uma mulher com estilhaços de vidro.
Drones da polícia capturaram imagens de criminosos armados entrando em um carro e deixando o local.
Dois funcionários da empresa de segurança que atua na fundação foram levados para a delegacia, com a polícia suspeitando de possível conivência na fuga dos bandidos.
A Fiocruz negou qualquer envolvimento, com Ana Beatriz Cuzzatti, representante da instituição, expressando preocupação com a conduta policial.
"O funcionário é um supervisor da nossa segurança. Não conseguimos identificar o motivo de sua detenção", afirmou Cuzzatti.
O delegado André Neves confirmou que a investigação está em andamento, com depoimentos sendo colhidos para elucidar a situação.
A Fiocruz considerou a operação como arbitrária e sem comunicação prévia, alegando que os agentes alarmaram funcionários e frequentadores sem aviso sobre a operação. A Polícia Civil justificou sua presença no campus devido a informações sobre a entrada de bandidos na instituição.