O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro solicitou nesta terça-feira (10) a inelegibilidade do atual prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho, por um período de oito anos.

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De acordo com o Centro de Apoio Operacional das Promotorias Eleitorais (Cao Eleitoral), Waguinho teria utilizado a máquina pública para beneficiar a campanha de seu sobrinho, Matheus Carneiro, que concorria à prefeitura, mas acabou perdendo para Márcio Canella. Além disso, Waguinho enfrenta a reprovação das contas de 2022 pelos vereadores, o que pode resultar em mais ações de inelegibilidade.

Em setembro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou que chefes do Executivo com contas rejeitadas pelo Poder Legislativo estão impedidos de se candidatar. As principais acusações contra Waguinho incluem:

Uso da máquina pública em benefício da campanha de Matheus Carneiro:

Contratação excessiva de cargos temporários e comissionados para fins eleitorais.

Exonerações em massa após as eleições.

Coação de servidores públicos para comparecer a um evento com o Presidente Lula em fevereiro de 2024, utilizando a estrutura da prefeitura para promover Matheus Carneiro. Servidores de uma escola e uma creche foram obrigados a usar bonés, camisas e faixas de apoio ao candidato, e um ponto facultativo foi decretado para forçar a presença deles.

Uso de um imóvel chamado "Galpão do Matheus" para cadastrar pessoas em um programa de auxílio financeiro após enchentes, ligando a imagem de Matheus a ações assistenciais, e posteriormente utilizado para editar vídeos da prefeitura promovendo o candidato.

Aumento significativo de contratações em ano eleitoral, com indícios de fraude, para obter apoio político para Matheus e seu grupo.

Após a derrota para Márcio Canella, o Ministério Público suspeita que as exonerações em massa após a eleição reforçam a possibilidade de uso eleitoral das contratações.

Diante dessas alegações, o Ministério Público Eleitoral requer que a ação de investigação judicial eleitoral seja aceita, buscando a inelegibilidade de Waguinho pelos próximos oito anos. Até o momento, Waguinho não respondeu às solicitações de comentários.