A crise do lixo em Teresópolis atingiu um novo patamar. Após a interrupção do serviço de transbordo pela empresa União Recicláveis, devido a dívidas milionárias da Prefeitura, o município se viu obrigado a reabrir o Lixão do Fischer, mesmo após diversas interdições judiciais.
O lixão, que já havia sido transformado em aterro controlado e depois interditado por conta de um incêndio devastador em 2023, foi reaberto nesta semana, em clara desobediência à decisão judicial que determinou seu fechamento definitivo. A Prefeitura justifica a medida alegando atraso em apenas uma das faturas da empresa, mas documentos oficiais demonstram dívidas acumuladas de mais de R$ 6 milhões.
A decisão de reabrir o lixão representa um retrocesso ambiental e coloca em risco a saúde da população. O local, que já apresentava diversas irregularidades, agora se torna ainda mais vulnerável a problemas como a proliferação de doenças, a contaminação do solo e do lençol freático, além de intensificar as emissões de gases do efeito estufa.
A situação expõe a falta de planejamento e a gestão inadequada dos recursos públicos por parte da Prefeitura de Teresópolis. A reabertura do lixão demonstra a priorização de interesses políticos em detrimento da saúde da população e do meio ambiente.
É fundamental que a sociedade civil, o Ministério Público e o Poder Judiciário atuem para pressionar a Prefeitura a encontrar uma solução definitiva para o problema do lixo em Teresópolis, garantindo a destinação adequada dos resíduos e o cumprimento da legislação ambiental.