Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu manter a prisão preventiva de Domingos Brazão, acusado de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O colegiado analisou um recurso da defesa de Brazão, que pedia sua liberação com a aplicação de medidas cautelares.
Voto do Relator.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou a favor da manutenção da prisão.
Deliberação:
A decisão foi tomada em um plenário virtual e a deliberação termina nesta segunda-feira (18), às 23h59.
Contexto do Caso
Moraes é responsável pela ação penal que envolve Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho, o delegado Rivaldo Barbosa, o ex-policial Ronald Paulo de Alves Pereira e o ex-assessor Robson Calixto Fonseca. No final de setembro, Moraes já havia mantido a prisão preventiva de Rivaldo e dos irmãos Brazão.
Pedido da Defesa
Os advogados de Brazão argumentam que os requisitos para a prisão preventiva não estão mais presentes, considerando que a fase de instrução penal foi encerrada. Assim, pediram a substituição da prisão por medidas cautelares.
Voto do Relator
O ministro Moraes reafirmou que a prisão preventiva continua sendo necessária, destacando:
A necessidade de resguardar a aplicação da lei penal e a ordem pública.
A fundamentação jurídica idônea que justifica a manutenção da prisão.
Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o entendimento do relator. O processo penal contra os acusados de mandar matar Marielle e Anderson se aproxima da conclusão, com a fase de instrução já encerrada. As partes agora devem apresentar pedidos de providências complementares e, em seguida, as alegações finais.
Após isso, o Supremo Tribunal Federal avaliará se o grupo deve ser absolvido ou condenado.