A Linha Vermelha, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro, foi palco de uma operação especial na manhã desta terça-feira (01). Um fígado doado em Vitória (ES) precisava ser transportado com urgência para o Hospital Silvestre, no Cosme Velho, para um transplante. No entanto, um tiroteio em Belford Roxo, onde mora a paciente, e o intenso trânsito da cidade quase frustraram a missão.
Maria Elena Gouveia, de 69 anos, era a primeira da fila para receber o transplante. Após ser informada sobre a doação, ela e sua família se prepararam para a viagem, mas um tiroteio na comunidade onde moram os impediu de sair de casa. A paciente só conseguiu chegar ao hospital às 6h, quase perdendo a vez para o segundo da fila.
Diante da urgência, uma força-tarefa foi mobilizada para garantir que o fígado chegasse a tempo. Ambos os sentidos da Linha Vermelha foram fechados para que um carro da Secretaria Estadual de Saúde pudesse fazer o trajeto em alta velocidade. O órgão chegou ao hospital às 7h20, e a cirurgia teve início em seguida.
A operação, que durou cerca de 5 horas, representa uma nova chance de vida para Maria Elena. O caso demonstra a importância da doação de órgãos e a complexidade da logística envolvida em transplantes, especialmente em grandes centros urbanos.
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