Uma nova moda entre os jovens do Rio de Janeiro está preocupando as autoridades: as "guerras" de gel. Utilizando armas de brinquedo que disparam esferas de gel, grupos de jovens têm simulado confrontos e invasões em comunidades, gerando um clima de tensão e colocando em risco a própria vida.
A prática se intensificou nas últimas semanas, com relatos de "batalhas" em diversas comunidades, como a Vila Kennedy. No entanto, a brincadeira não é vista com bons olhos por todos. Facções criminosas, como as que controlam os Complexos do Chapadão e Pedreira, já proibiram a prática em suas áreas de atuação.
O secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, alerta para os perigos dessa nova moda. "Os profissionais de segurança pública conseguem identificar que as armas coloridas tratam-se de um brinquedo. Mas outras, que são muito próximas de um simulacro, podem ser confundidas", afirma. O secretário teme que a polícia possa interpretar a brincadeira como uma ameaça real, resultando em confrontos e até mesmo em mortes.
A facilidade de acesso às armas de gel agrava a situação. Os brinquedos são vendidos livremente em redes sociais e sites, o que torna a prática ainda mais atrativa para os jovens. "A compra dessas armas não é proibida. Mas a forma de você utilizar é que pode ser perigosa", conclui o secretário.
A polícia alerta para os riscos da brincadeira e pede que os jovens evitem participar dessas "guerras". A simulação de crimes com armas, por mais que seja com brinquedos, pode gerar consequências graves e colocar em risco a vida de todos os envolvidos.