Uma nova portaria do Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (20), estende por mais 180 dias a presença da Força Nacional na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A medida, assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, tem como objetivo principal dar continuidade às ações de combate ao garimpo ilegal e à crise humanitária que assola a região.
O "Plano de Desintrusão e de Enfrentamento da Crise Humanitária", coordenado pela Casa Civil, será beneficiado com a prorrogação. As ações da Força Nacional, que atuarão em sete comunidades yanomami, incluem o combate a queimadas e a crimes ambientais, além da retirada de garimpeiros.
A permanência da Força Nacional na região, entre 21 de setembro de 2024 e 19 de março de 2025, contará com a colaboração de órgãos de segurança pública de Roraima, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e terá a coordenação da Polícia Federal.
A Terra Yanomami, com seus 9,6 milhões de hectares, enfrenta uma grave crise de saúde devido à invasão de garimpeiros ilegais. A presença desses invasores tem levado ao aumento de casos de malária e desnutrição severa entre a população indígena.
Desde janeiro de 2023, quando a situação na região foi declarada emergência de saúde, o governo federal tem intensificado as ações para atender os yanomami, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. No entanto, apesar das operações de combate ao garimpo iniciadas em fevereiro do mesmo ano, os invasores persistem em suas atividades. Estima-se que cerca de 7 mil garimpeiros ainda estejam atuando na área.
Para fortalecer o combate ao garimpo ilegal, 84 agentes da Força Nacional participaram de um treinamento específico em Roraima, no início deste mês. A capacitação, com duração de 22 dias, abordou técnicas para a retirada de garimpeiros e o combate a garimpos ilegais.
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