A Justiça do Rio de Janeiro determinou a transferência do traficante Luiz Cláudio Machado, conhecido como Marreta, para um presídio federal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (4) pelo desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, atendendo a um pedido da Polícia Civil para a transferência do criminoso.

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De acordo com a decisão, Marreta estava exercendo sua influência como um dos líderes do Comando Vermelho (CV), negociando a compra de armas para fortalecer as ações da facção e expandir seus territórios. Em abril, as polícias Federal e Civil solicitaram a transferência de Marreta com base em escutas e investigações que revelaram a intenção do traficante em adquirir armamentos.

A transferência foi justificada por três motivos principais: isolar Marreta de seus comparsas para dificultar a comunicação com o Comando Vermelho, impedir a aquisição de armas e a organização de novos ataques, e garantir a segurança pública e reduzir os índices de criminalidade no Rio de Janeiro.

Marreta é o primeiro traficante a ter sua transferência determinada após uma reunião entre a Secretaria de Segurança e o Governo do Estado, que contou com a participação de setores de inteligência da PM, Polícia Civil e Secretaria de Administração Penitenciária. O governador Cláudio Castro informou que Marreta estava na lista de 13 traficantes que poderiam ser transferidos para presídios federais fora do Rio de Janeiro, podendo chegar a 30 nomes.

Marreta é conhecido por comandar o tráfico no Complexo do Lins e no Jorge Turco, e por ser responsável pela chegada de cocaína às favelas controladas pelo Comando Vermelho. Ele foi investigado pela invasão do Morro dos Macacos em 2009, quando um helicóptero da PM foi derrubado, resultando na morte de três policiais. Além disso, Marreta planejou a tomada da Praça Seca pela facção em 2010 e fugiu de um presídio em 2013, passando a coordenar as ações da organização criminosa e ordenar ataques a UPPs em 2014. Em dezembro daquele ano, foi recapturado no Paraguai em uma operação conjunta.