Na quarta-feira (4), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou que os dados indicam uma mudança no perfil dos incêndios na Floresta Amazônica. Com o avanço da crise climática, a umidade da Amazônia está diminuindo, o que pode tornar a região vulnerável a incêndios naturais, algo incomum em uma floresta tropical úmida como a Amazônia.
Durante uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Marina discutiu as queimadas e a estiagem que afetam o país, principalmente o Pantanal e a Amazônia. Ela ressaltou que 27% das áreas queimadas estão em regiões de atividade agropecuária, 41% em áreas de vegetação não florestal e 32% em áreas de vegetação florestal, um número significativamente maior do que a série histórica recente.
A ministra enfatizou a necessidade de ampliar os esforços e recursos para combater as consequências das mudanças climáticas e pediu apoio financeiro dos congressistas. Ela também defendeu a criação de um marco regulatório de emergência climática e a exclusão dos gastos nessas condições das metas fiscais do governo.
Marina destacou o paradoxo da situação, com pressões por investimentos em combate aos incêndios e em empreendimentos que alimentam o fogo. Ela enfatizou que o esforço do governo é para mitigar os danos e reverter as condições desfavoráveis enfrentadas devido às queimadas e à seca histórica no país.
Mín. 22° Máx. 35°