Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressou nesta terça-feira sua séria preocupação em relação à ordem de prisão emitida pela Justiça da Venezuela contra o opositor Edmundo González. Em entrevista à agência Reuters, Amorim ressaltou que considera a medida "muito preocupante" e "a coisa errada a se fazer", destacando também a notável escalada de autoritarismo no país vizinho.
O ex-chanceler brasileiro enfatizou que, apesar da atual situação, o Brasil continua buscando uma solução pacífica para a crise política na Venezuela. Amorim reiterou sua posição contrária a prisões políticas e ressaltou que o Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro ou de Edmundo González nas últimas eleições, considerando a situação eleitoral ainda indefinida.
A ordem de prisão contra González, emitida após as eleições em agosto nas quais ele alega ter vencido o presidente Maduro, foi compartilhada pelo Ministério Público venezuelano, que é aliado do atual governo e controlado por chavistas. Até o momento, não há informações sobre a efetiva prisão do opositor político, investigado por uma série de crimes que incluem usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais e associação criminosa.
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