A defesa de Lourival Correa Netto Fadiga, conhecido como Gordo ou Fatica, réu no Caso Anic Peixoto Herdy, declarou que o segurança confessou ter matado a advogada. Até então, Lourival, seus dois filhos e sua amante estavam sendo investigados por extorsão mediante sequestro e pelo desaparecimento de Anic.
A advogada Flávia Fróes afirmou que Anic está morta e que foi morta desde o primeiro dia, que segundo a defesa foi o dia 29 de fevereiro, quando Anic foi vista pela última vez em Petrópolis. A defesa promete levar a polícia até o corpo e informar o local do assassinato.
Flávia declarou que está em negociações para uma delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro, visando que Gordo aponte o mandante do crime. Segundo ela, o sequestro forjado, a extorsão e o homicídio faziam parte dos planos do autor intelectual do crime.
A defesa confirmou que Anic era amante de Lourival e que foi com ele no dia da morte por vontade própria, negando o sequestro e destacando que não podem revelar detalhes sobre o mandante do crime.
O MPRJ afirmou que as tratativas para uma delação foram iniciadas, porém não chegaram a um acordo sobre os benefícios. O caso segue perante a 2ª Vara Criminal.
Novas provas obtidas pela 105ª DP (Petrópolis) fizeram com que o MPRJ peça que os réus respondam também pela morte da vítima. Mensagens entre Gordo e Rebecca já indicavam o assassinato.
O sequestro forjado rendeu R$ 4,6 milhões para Lourival, Rebecca e os filhos, obtidos do marido de Anic sem o seu conhecimento. As investigações mostraram comunicação entre os réus antes, durante e depois do sequestro, a exigência de resgate, e a participação dos filhos de Lourival. Alguns dos bens comprados com o dinheiro obtido ilegalmente foram rastreados e devolvidos à família da vítima. A lavagem de dinheiro será investigada pela Polícia Federal.
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