Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, foi indicado por Fernando Haddad para assumir a chefia da instituição a partir de janeiro. A indicação foi feita a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nota, Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, parabenizou Galípolo e prometeu uma transição suave após a sabatina e aprovação no Senado. Ele também destacou a "harmoniosa e construtiva" relação com o diretor desde sua chegada ao Banco Central.
A indicação de Galípolo ocorre em meio a embates com o presidente Lula, que critica o atual presidente do BC desde o início do mandato. Lula acusa Campos Neto de ser uma ameaça à economia brasileira e um "adversário político", discordando do patamar das taxas de juros.
Apesar das divergências, a legislação brasileira garante a autonomia do BC, que deve tomar decisões sem interferência política. Campos Neto permanece no cargo até 31 de dezembro, quando termina seu mandato de quatro anos.