Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) revela que, com o tratamento adequado, o leite materno de mulheres infectadas com HIV pode não transmitir o vírus aos bebês. Das trinta mães participantes do estudo, apenas uma apresentou carga viral em suas amostras de leite materno, indicando a eficácia do tratamento.
A mãe Yasmin Nickoli Silva, diagnosticada com HIV há cinco anos, compartilha sua emoção ao participar da pesquisa e ter esperança de poder amamentar seu bebê no futuro. Em média, Yasmin gasta R$ 700 por mês com leite e água mineral para alimentar seu filho de um mês, devido à impossibilidade de amamentar.
Os resultados preliminares do estudo do Hospital Gaffrée Guinle apontam que mulheres com HIV que seguem o tratamento corretamente mantêm a carga viral indetectável no colostro, o primeiro leite após o parto. Esses resultados positivos levaram os Estados Unidos a atualizarem suas diretrizes para permitir a amamentação de mães soropositivas com carga viral indetectável.
O pesquisador Rafael Braga destaca a importância de ampliar o conhecimento científico para permitir a amamentação segura de mulheres com HIV. Ele enfatiza a necessidade de dar visibilidade a essas mães, que enfrentam desafios únicos durante a maternidade. Para Yasmin, o estudo representa esperança de poder amamentar seu filho no futuro, inspirando outras mulheres soropositivas a acreditarem nessa possibilidade.
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