A morte brutal de Nádia Aparecida Alves Laje, de 50 anos, na Praia da Barra da Tijuca, ganhou contornos ainda mais trágicos com a revelação de que o principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima. A filha de Nádia, Sara Cristina Alves, acusa o pai de ter cometido o feminicídio por não aceitar o fim do relacionamento.
A tragédia ocorreu na noite de quinta-feira (8), quando Nádia foi encontrada esfaqueada na praia. Em um áudio enviado para a filha após o crime, o homem confessou o ato, dizendo: "Já matei ela, vai chorar lá no colo do capeta agora".
Histórico de violência
Segundo a família, o casal estava junto há quase 30 anos e tinha três filhos. O relacionamento, no entanto, era marcado por episódios de violência. Após uma suposta traição, o homem teria queimado as roupas de Nádia e divulgado fotos íntimas dela nas redes sociais.
Diante das agressões, Nádia havia conseguido uma medida protetiva contra o ex-marido.
Testemunha relata a brutalidade do crime
Uma testemunha ocular relatou à polícia a brutalidade do crime. Ao ouvir os gritos de socorro de Nádia, a testemunha se aproximou e encontrou o agressor desferindo facadas na vítima. Mesmo diante da ameaça do homem, a testemunha tentou ajudar Nádia, mas não conseguiu evitar a tragédia.
Investigação em andamento
A 16ª DP (Barra) está à frente das investigações e trabalha para localizar e prender o assassino. A Delegacia de Homicídios da Capital também auxilia nas buscas.
Um crime que chocou o Rio de Janeiro
O caso chocou a cidade do Rio de Janeiro e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher. A morte de Nádia é mais um exemplo da importância de combater a cultura do machismo e garantir a proteção das vítimas de violência doméstica.
Mín. 22° Máx. 35°