A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta-feira (2) uma operação para desarticular uma quadrilha especializada no furto de cabos de cobre. A ação, que conta com o cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão, tem como alvo principal uma empresa localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, suspeita de ter extraído ilegalmente cerca de 5 toneladas de fios de cobre da rede da Oi.
As investigações, iniciadas em fevereiro deste ano após a apreensão dos cabos em Nova Iguaçu, revelaram um esquema criminoso que envolvia a obtenção de uma licença ambiental irregular pela empresa para realizar a extração. A licença foi emitida pela Secretaria de Meio Ambiente de Belford Roxo sem o cumprimento dos procedimentos legais e sem a realização de qualquer perícia técnica.
De acordo com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), a empresa movimentou cerca de R$ 28 milhões entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, um valor incompatível com a capacidade financeira declarada. As autoridades suspeitam que o dinheiro proveniente da venda dos cabos de cobre tenha sido lavado e ocultado em contas de laranjas.
Os cabos furtados eram armazenados em condições precárias tanto na empresa quanto nas residências dos investigados. A Polícia Civil acredita que parte dos cabos tenha sido vendida para outros estados.
“A gente já sabe que cabos de cobre que são extraídos aqui no Rio de Janeiro estão indo parar em outros estados da federação”, afirmou o delegado Moysés Santana, responsável pela operação.
A operação desta sexta-feira visa desarticular a quadrilha, prender os envolvidos e recuperar o material furtado. A Polícia Civil também investiga a participação de funcionários da Oi no esquema criminoso.
Em resumo, a operação contra o furto de cabos de cobre em Belford Roxo revelou:
Extração ilegal: A empresa alvo da operação obteve uma licença ambiental irregular para extrair 5 toneladas de cabos de cobre da rede da Oi.
Esquema criminoso: A quadrilha movimentou milhões de reais com a venda dos cabos, lavando o dinheiro em contas de laranjas.
Armazenamento irregular: Os cabos eram armazenados em condições precárias, tanto na empresa quanto nas residências dos investigados.
Venda para outros estados: Parte dos cabos furtados era vendida para outros estados da federação.
A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e desarticular a quadrilha.