A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta sexta-feira (26), pela soltura de Jonathan de Souza Silva, que estava preso desde o mês passado por ameaçar a ex-mulher com uma foto de um casal dentro de um caixão. A decisão foi proferida pelo juiz Thales Nogueira Cavalcanti Venâncio Braga, que entendeu que a prisão preventiva não se fazia mais necessária no momento.
Apesar de ser liberado, Jonathan deverá cumprir medidas cautelares, como a proibição de se aproximar da vítima ou manter qualquer tipo de contato com ela. Essa medida se soma às duas outras já existentes contra ele, solicitadas pela ex-mulher antes da prisão.
Ameaças graves
Nas semanas anteriores à sua prisão, Jonathan enviou diversas mensagens ameaçadoras à ex-mulher, com quem foi casado por 18 anos. Em uma delas, ele afirmou que a mataria caso ela não reatasse o relacionamento. Junto à mensagem, enviou a foto do casal dentro de um caixão, com a legenda: "Não aguento mais. Se não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém".
Em conversas com uma amiga em comum, o homem confessou ter invadido a casa da ex-mulher enquanto ela dormia com o filho e demonstrou obsessão e desejo de vingança. Em um áudio, ele disse: "Tá chegando um certo ponto da minha vida que eu não quero, mas vão dizer que eu sou o diabo. Eu vou atrás dela, eu já botei no meu coração, eu vou matar ela e vou me matar depois. É isso que eu não quero fazer, mas é o que a minha mente e meu coração estão mandando".
Decisão judicial
Ao justificar sua decisão, o juiz Thales Nogueira Cavalcanti Venâncio Braga destacou que, apesar da gravidade das ameaças, não há provas concretas nos autos de que Jonathan represente um perigo iminente à vida da ex-mulher. O magistrado entendeu que as medidas cautelares já existentes, somadas à proibição de contato, são suficientes para garantir a segurança da vítima.
Importante: É crucial ressaltar que a decisão judicial não minimiza a gravidade das ameaças feitas por Jonathan. A soltura do acusado não significa que ele não seja culpado pelos crimes cometidos, mas sim que, no momento, a prisão preventiva não se justifica mais. O caso segue em investigação e o homem poderá ser julgado e condenado pelas suas ações.
Este é um caso de violência doméstica que merece a atenção da sociedade e das autoridades.