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Capitão da Marinha Reserva é Acusado de Racismo Contra Subordinado e Continua Prestando Serviço à Marinha

Cabo negro relata ter sido chamado de "chimpanzé" por superior e caso é investigado pela Marinha e Polícia Civil.

Elise Ventura
Por: Elise Ventura
23/07/2024 às 17h31
Capitão da Marinha Reserva é Acusado de Racismo Contra Subordinado e Continua Prestando Serviço à Marinha
Reprodução da internet

O capitão de Mar e Guerra da reserva da Marinha João Ricardo Reis Lessa está sendo investigado por suspeita de discriminação racial contra um subordinado negro, o cabo Pedro Jorge da Rocha. O caso aconteceu há mais de dois meses na empresa Amazul, ligada à Marinha, e só agora foi divulgado.

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Rocha, que na época era motorista, foi buscar um documento para o capitão Lessa. Ao entregar o documento, Lessa o teria chamado de "chimpanzé", "não-verbal" e "animal que não sabe ler", além de mandá-lo tirar o documento da mesa de forma grosseira.

Rocha se sentiu ofendido e humilhado, e após alguns minutos, confrontou o capitão sobre o ocorrido.

Em depoimento, Lessa confirmou ter chamado Rocha de "chimpanzé", mas alegou que foi ironia e não teve intenção de ofender.

Testemunhas do caso corroboram a versão de Rocha e afirmam que Lessa o chamou de "chimpanzé adestrado que não pensa".

Rocha foi diagnosticado com pressão alta após o episódio e encaminhado para acompanhamento psicológico.

A Amazul abriu investigação interna e Lessa pediu desligamento da empresa durante o processo.

A Marinha também instaurou um procedimento para apurar os fatos e repudia "condutas que atentem contra a vida, honra e os princípios militares".

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O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e as testemunhas serão ouvidas na próxima quarta-feira (24).

Rocha espera por justiça e acredita que seu caso pode ser um exemplo para outros que passam por situações similares.

Situação Atual:

Apesar das investigações e da investigação interna, Lessa continua prestando serviço para a Marinha em outra empresa ligada à instituição, a Cluster Tecnológico Naval-RJ, onde atua como oficial de proteção de dados.

A defesa de Rocha argumenta que a fala do capitão configura injúria racial e espera que ele seja responsabilizado por seus atos.

O caso levanta questões importantes sobre racismo nas Forças Armadas e a necessidade de medidas efetivas para combatê-lo. É crucial que casos como este sejam investigados com rigor e que os responsáveis sejam punidos, para que sirvam de exemplo e contribuam para a construção de um ambiente mais justo e igualitário para todos.

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