Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, a deputada Tabata Amaral (PSB) indicou que o também pré-candidato José Luiz Datena (PSDB) tem até o próximo sábado, 27, para definir sobre uma composição de chapa. A deputada chegou a oferecer a vaga de vice na chapa para o PSDB antes da filiação de Datena ao ninho tucano.
“[O Datena] é bem grandinho para ser colocado no colo de alguém. Firmamos um acordo com o PSDB, de que indicariam um vice no nosso projeto. A gente mantém a nossa palavra. O PSDB tem até o dia 27 para tomar uma decisão. Estamos aguardando, cientes de que o nosso projeto não depende disso”, disse Tabata, durante sabatina realizada pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira, 19.
O problema é que ao perceber que Datena pode ser a tábua de salvação do já esmigalhado PSDB e vendo seu nome em poucos dias embaralhar à disputa pela maior prefeitura do Brasil em arrecadação e população, São Paulo. A palavra de ordem do PSDB é: lançar Datena como o candidato do partido para tentar salva a antiga legenda.
Tabata chegou a costurar a filiação de Datena ao PSB e a possibilidade de lançar uma chapa “puro-sangue” vinha sendo discutida antes da entrada do PSDB nas negociações. Após isso, Datena migrou para o ninho tucano e foi lançado como pré-candidato ao partido.
“Eu amo a Tabata, ela representa uma bela de uma política (…). Mas ela quem propôs eu sair para o PSDB (…), se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre ela e o PSDB, não sou traidor de ninguém”, disse Datena durante sabatina aos veículos.
Apesar do histórico de desistências, Datena disse que “dessa vez vai até o fim”, mas avisou que seguirá com a sua candidatura “se ninguém encher o saco”.
“Até que eu faça parte do meio político e passe a ter confiança nos políticos de forma geral, vou continuar na expectativa de ser ou não ser, eis a questão. Minha intenção dessa vez é ir até o fim, desde que ninguém me encha o saco”, disse Datena.
O problema de Datena é que nunca sabemos de que lado do Muro o apresentador está de verdade. Ou seja: Tabata Amaral, a "esquerdinha" mais amada da direita brasileira atirou no que viu, mas acabou acertando mesmo no que não viu, não é [Datenão?].