Um homem foi preso em flagrante na segunda-feira (15) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao receber pelos Correios um fuzil anti-drones. A arma, que tem uso restrito, era utilizada pelo crime organizado para monitorar o espaço aéreo de comunidades e impedir o uso de drones pela polícia ou por facções rivais.
Prisão em flagrante
Funcionários da Receita Federal informaram à Polícia Federal sobre um pacote suspeito vindo da Ásia que seria retirado em Vila de Cava. Agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e Tráfico de Armas (DRCPAT) foram até o local e prenderam o homem em flagrante assim que ele retirou o pacote.
O preso foi levado para a sede da Polícia Federal em Nova Iguaçu e, em seguida, transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
Fuzil anti-drones era ilegal
Segundo a Polícia Federal, a comercialização, a posse e o uso do fuzil anti-drones são restritos e necessitam de autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Drone usado para ataque em Cordovil
A Polícia Civil também investiga o uso de um drone para atacar uma comunidade em Cordovil, na Zona Norte do Rio. Um artefato explosivo foi lançado do drone, que sobrevoou as ruas da Cidade Alta e passou próximo ao símbolo do Complexo de Israel.
Imagens do ataque foram captadas pelo próprio drone e mostram a movimentação de pessoas e o artefato sendo carregado pelo equipamento. O explosivo caiu perto de um grupo de pessoas, que correram em fuga. A polícia investiga o local, que é conhecido como ponto de venda de drogas.
Investigações em andamento
A Polícia Civil tenta identificar o piloto do drone e apura se houve pedido de autorização de voo à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os dois casos demonstram a crescente utilização de drones pelo crime organizado, exigindo novas estratégias das forças de segurança para combater esse tipo de atividade.