A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, cobra respostas das investigações sobre a abordagem de PMs a jovens negros filhos de diplomatas em Ipanema.
A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) da Polícia Civil do Rio e a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) investigam o caso.
A Corregedoria da Polícia Militar também abriu um inquérito para apurar a ação dos policiais.
Declarações:
Anielle Franco: "A abordagem desproporcional não pode ser defendida, naturalizada ou associada à palavra segurança."
Cláudio Castro (Governador do RJ): "Houve um julgamento precipitado das autoridades federais." Afirmou ainda que não vai "crucificar" os policiais e que uma investigação apontará o que ocorreu.
Marcelo de Menezes Nogueira (Secretário da PM): "A iniciativa de abordar faz parte do protocolo da atividade policial. Não houve qualquer abordagem seletiva nesse sentido."
Raiana Rondhon (Mãe de um dos adolescentes): "As imagens, os testemunhos e o relato das crianças são claros!! Não há dúvida!! A abordagem foi RACIAL e CRIMINOSA!!"
Jacques Michel Moudouté-Bell (Embaixador do Gabão no Brasil): "Enviou uma carta ao Itamaraty protestando contra a abordagem, que considerou racista."
Julie-Pascale Moudouté-Bell (Embaixatriz do Gabão): "Como que você vai apontar armas para a cabeça de meninos de 13 anos, como que é isso? A gente confia na Justiça brasileira e a gente quer justiça, só isso."
Um vídeo da abordagem mostra os PMs apontando armas para os jovens.
A família de um dos adolescentes brasileiros denuncia racismo durante a ação.
O Itamaraty e os ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Direitos Humanos e Cidadania cobram respostas dos investigadores.
O governador do Rio defendeu os PMs e disse que uma investigação apurará o caso.
Acompanhamento:
Aguardam-se os resultados das investigações da Polícia Civil e da Corregedoria da PM.
As famílias dos jovens aguardam por justiça no caso.
O episódio levanta questões sobre racismo e violência policial no Brasil.