Drones, antes utilizados apenas para lazer ou fins profissionais, agora estão sendo usados por facções criminosas do Rio de Janeiro para lançar granadas e monitorar comunidades. Um modelo encontrado no Complexo do Quitungo, dominado pelo Comando Vermelho (CV), é da marca DJI, empresa chinesa líder na fabricação de drones no mundo.
Detalhes do Drone:
Modelo: DJI Mavic 3
Preço: Entre R$ 19 mil e R$ 21 mil
Autonomia de voo: Até 46 minutos
Distância percorrida: Até 15 km
Altura máxima: Até 6 km (recomendação da ANAC: 120 metros)
Recursos:
Câmera com zoom digital potente para fotos e vídeos em alta definição
Tecnologia "piloto automático" (Return to Home): Retorna sozinho para o ponto de decolagem em caso de perda de sinal ou bateria fraca
Análise do Especialista:
Leonardo Cardoso, piloto profissional e instrutor de voo de drones:
A distância de voo depende de diversos fatores, como interferências no sinal de GPS.
O modelo utilizado é sofisticado e eficiente, mesmo para transportar peso extra.
A manobra de lançar a granada balançando o drone é arriscada e pode desestabilizar a aeronave.
A pessoa que controlou o drone é experiente e tem conhecimento técnico.
Consequências:
Ataque no Morro do Quitungo:
Granada lançada por drone fere cinco pessoas.
Drone cai na casa de uma moradora.
Monitoramento no Complexo do Israel:
Drone sobrevoa a favela, mas não há ataque.
Símbolo da facção Terceiro Comando Puro (TCP) é filmado.
Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é um dos traficantes mais procurados do Rio.
Durante a pandemia, ele expandiu seu controle na área e se autodenominou "o escolhido por Deus".
No fim de semana, ele proibiu a realização de missas em igrejas católicas.
Há anos, ele já havia proibido manifestações religiosas de matriz africana.
O uso de drones por facções criminosas nas favelas do Rio é um tema preocupante que demonstra a sofisticação das táticas utilizadas pelo crime organizado. As autoridades precisam tomar medidas para combater essa nova modalidade de ataque e proteger a população.