Daiane de Souza Mello, servidora pública e ativista, foi confundida com uma foragida da justiça devido a erro no sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar do Rio. Após ser abordada por policiais, Daiane registrou queixa na delegacia e expressou seu receio de ser confundida novamente.
Há uma década atuando na defesa dos direitos e ouvindo relatos de preconceito, Daiane vivenciou na pele a situação constrangedora durante um evento sobre igualdade racial. A jovem lamenta a falta de respostas sobre o destino de suas imagens capturadas e destaca a preocupação com a tecnologia que, segundo ela, reproduz o racismo estrutural presente na sociedade brasileira.
A Defensoria Pública do Estado exigiu explicações sobre o uso da tecnologia e alertou para os riscos de discriminação por meio de algoritmos e inteligência artificial. Enquanto isso, especialistas pedem por regulamentações mais rigorosas para evitar erros e abusos no emprego do reconhecimento facial por câmeras.
O caso de Daiane levanta questões sobre a eficácia e a segurança do sistema de videomonitoramento em tempo real, que resultou em prisões equivocadas devido a um banco de dados desatualizado. A ativista ressalta a importância de portar documentação, em especial para pessoas negras instruídas desde a infância a serem cautelosas e precavidas.
Diante das crescentes controvérsias em torno do reconhecimento facial, a sociedade civil e as autoridades envolvidas buscam respostas e garantias de que a tecnologia não será usada de forma discriminatória. Enquanto as investigações seguem na Delegacia de Crimes Raciais, a discussão sobre o uso responsável e ético da IA continua em pauta.