O Instituto Pretos Novos, localizado na Gamboa, região central do Rio de Janeiro, tem promovido visitas de estudantes de escolas públicas ao local, com o objetivo de ensinar sobre a história da escravidão no país.
Nesta quarta-feira (3), data dedicada ao Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, o diretor de comunicação do instituto ressalta a importância de educar os jovens sobre o sofrimento da população africana escravizada, a fim de evitar o apagamento desse capítulo histórico.
Segundo Alexandre Nadai, mais de 1 milhão de pessoas foram trazidas para serem escravizadas, muitas não sobreviveram à travessia e seus corpos foram depositados no local. Cerca de 40 mil corpos foram triturados e queimados sem tratamento adequado no antigo cemitério, onde hoje as ossadas estão em exposição.
Descobertas durante escavações, as ossadas ajudam a recontar a brutalidade do período escravocrata. Um aluno chamado Gabriel, que participou do circuito educativo, destaca que o Rio de Janeiro, mesmo sendo uma cidade pequena em um país grande, sofreu intensamente com a escravidão, tornando essencial o resgate e a compreensão desse passado doloroso.